Professor - Jair Nascimento.
O Que Não Te Contaram, Nós Contaremos.
A Nossa intenção com esse ensinamento, não se destina a estimular a intolerância religiosa nem a exaltar uma denominação religiosa em detrimento das demais. A liberdade de culto está prevista na Constituição do Brasil e é questão de foro íntimo. Tampouco visa a denegrir a imagem dos adeptos do movimento religioso sob enfoque.
De fato, a maioria das Testemunhas de Jeová – enquanto indivíduos – é composta de pessoas decentes e sinceras, tendo sido a busca de Deus que motivou seu ingresso à religião. Mas é também verdadeiro que isto se aplica aos adeptos de quaisquer outras religiões cristãs.
E também é verdade que em nossos dias, no intuito de manter a fidelidade de seus membros, facções religiosas ou seitas têm, a exemplo dos regimes totalitários, feito uso de técnicas de cerceamento de liberdade e informação, bem como isolamento psicológico – método este que alguns estudiosos classificam como lavagem cerebral.
Embora à primeira vista pareça um assunto simples de ser entendido, é um tema que gera muita polêmica. Por exemplo, os protestantes históricos tendem a rejeitar o uso do óleo de unção na atualidade, enquanto os pentecostais defendem com convicção esse ato. Portanto, iremos aqui procurar entender o que as Escrituras realmente dizem sobre isso, independentemente do que as diferentes denominações evangélicas defendem.
O Azeite, na Bíblia, simboliza o Espírito Santo, assim como o fogo, a pomba, o vento, a água, e entre outros. Porém, na Bíblia, não há uma afirmação explícita quanto a isso. Portanto, quando se fala em unção com Azeite, pode ser que se pretenda produzir uma simbolização do Espírito Santo atingindo alguém. Há inúmeras referências nas Escrituras sobre esse tipo de unção, tanto no Velho, quanto no Novo Testamento.
VELHO TESTAMENTO
O óleo representava a consagração/separação a Deus de pessoas ou objetos (Êxodo 30:26 ao 29; 40:9 ao 11 e Levítico 8:10). Havia o azeite da santa unção, que era usado para ungir objetos (tendas, utensílios diversos, altar), com o intuito de santificá-los (separá-los, consagrá-los) a Deus. A partir daí, tudo o que tocasse esses objetos tornar-se-ia santo.
⇒ Êxodo 30:30 e Levítico 8:12, era o uso do azeite para ungir pessoas, com o intuito de santificá-los como sacerdotes.
⇒ 1 Samuel 10:1; 16:13; 1 Reis 1:39, era o uso de azeite para ungir reis (pessoas). 1 Reis 19:16), era Unção de profetas (pessoas).
NOVO TESTAMENTO
O Azeite e o Óleo tinham diferentes simbolismos e utilidades.
⇒ Marcos 6:13: Discípulos usando óleo para ungir os enfermos.
⇒ Tiago 5:14: Recomendação de Tiago para que usassem azeite para ungir doentes. Essa unção é o ponto de maior discórdia atualmente, pois alguns defendem que era a unção tradicional (como o uso de um pouco de Azeite sobre a cabeça), enquanto outros alegam que era o uso medicinal do Óleo.
⇒ Marcos 14:8 e Lucas 23:56: Mulheres realizando unção em Jesus (como parte de um processo de embalsamento para a sepultura).
⇒ Lucas 7:38 ao 46: Uma mulher, pecadora, demonstrando sincera alegria, unge os pés de Jesus, como gesto de boas vindas (era costume na época).
Atualmente observamos muito misticismo, magia e superstição quando o assunto é óleo de unção. O que seria uma simbolização ou um uso medicinal (é discutível e veremos logo em seguida) tornou-se uma espécie de macumba cristã, em que o óleo é tido como detentor de um poder sobrenatural.
Como era de se esperar, muitas seitas defensoras da teologia da prosperidade até comercializam supostos óleos milagrosos, que seriam capazes de curar, expulsar demônios, trazer riquezas e a paz. Ou seja, o poder não está mais na Palavra, no Espírito Santo e sim, engarrafado nas mãos de falsos profetas.
Devemos lembrar que os principais líderes da Reforma Protestante não aprovavam a continuidade da unção com óleo, porém, posteriormente, outros líderes foram adotando esta prática, como podemos ver no predomínio desta aplicação entre pentecostais e neopentecostais.
O Azeite ou óleo tem ou não tem poder?
De forma alguma. No Novo Testamento Jesus curou muitas pessoas, os discípulos e apóstolos também e quantas vezes o óleo foi citado? São raras as referências de orações por doentes acompanhadas de uso de óleo, e o uso era medicinal. A cura se dá pelo poder da Palavra e não, pelo azeite. O Espírito Santo também não precisa de óleo para alcançar uma pessoa (leia e comprove Atos 8:17; 1 João 2:20,27).
⇒ Em Tiago 5:14,15; lemos que é a oração da fé que salvará o doente e não o óleo em si. Se alguém tentar expulsar demônios com óleo, é mais fácil o demônio fritar um ovo do que sair do indivíduo. Portanto, se o óleo não carrega nenhuma magia e poder, não faz o mínimo sentido o comércio que alguns líderes religiosos, ou melhor, falsos profetas fazem com o mesmo. Dizem que é óleo de Israel, azeite da Oliveira X e coisas semelhantes. Se o óleo é de soja, de milho, de granola ou de peixe não faz a mínima diferença, a menos que você esteja preparando um belo prato para o almoço.
No Antigo Testamento observamos que objetos eram ungidos com Azeite para que fossem santificados ao Senhor. E sabemos que os rituais da Velha Aliança tinham uma simbolização e tudo era sombra do que havia de acontecer, ou seja, tudo apontava e representava Jesus. No Novo Testamento aprendemos que Deus não habita em templos (e objetos) feitos por homens (Atos 7:48), logo, não há sentido em ungir casas, templos, instrumentos musicais, móveis, veículos, fotos ou utensílios domésticos. Jesus ensinou que quando chegássemos a uma casa, deveríamos saudá-la, dizendo: Paz seja nesta casa (Lucas 10:5). Ele não mandou ungi-la. Temos aí mais um exemplo do poder da Palavra e não de uma substância.
Deus habita em pessoas, em vidas, ou seja, em nós, que somos o templo de Deus (1 Coríntios 3:16). Sendo assim, deve-se ungir uma pessoa? De maneira nem uma. Enquanto no Velho Testamento, pessoas eram separadas por unção com Azeite, no Novo Testamento, ocorre com imposição de mãos (Atos 6:6; 1 Timóteo 4:14). Nós devemos viver segundo o Evangelho de Cristo, que nos mostra apenas 3 formas de unção: para sepultamento, como forma de hospedagem e para aplicação nos enfermos. Nos dois primeiros casos não é necessário nem detalhes, pois qualquer livro sobre cultura judaica deixa evidente que esses usos eram uma tradição entre eles, fazendo parte daquela cultura. Portanto, resta-nos apenas a última forma: unção para os doentes.
A extrema unção Católica é válida?
O catolicismo defende a necessidade de preparar a alma para a morte, quando a pessoa tem uma doença grave e está prestes a falecer. Justificam essa visão distorcendo o texto de Tiago 5:14,15. Alegam que os apóstolos já faziam isso, pois interpretam que essa unção seria para a morte. Porém, essa visão é desmentida quando se confronta o Evangelho como um todo com essa distorção. Além disso, podemos descartar essa ideia quando observarmos a história, pois a unção para sepultamento era apenas uma das possibilidades de uso do óleo.
A maioria das aplicações não era para morte e sim, para vida. Tanto é que Jesus disse para os apóstolos orarem para os doentes e ungi-los. Seria um preparo para a morte dessas pessoas? Obviamente não. Portanto, a extrema unção não tem nenhum respaldo no Evangelho.
ANALISANDO TIAGO 5:14 - DE FRENTE COM A BÍBLIA
Primeiramente, vamos conhecer quem foi Tiago..
No original grego, temos a forma Iákobos, Jacó. Esse é um forte indício da autoria, pois, apesar de haver quatro Tiagos no Novo Testamento, só um personagem mais elevado poderia ter usado o nome sem maior identificação. E o único que se ajusta a isso é Tiago, um dos irmãos do Senhor (Marcos 6:3). Tal como os outros três irmãos, a princípio ele não creu. Mas acabou convencido mediante a ressurreição de Cristo (Aos 1:14; 1 Coríntios 15:7). Em outras passagens Bíblicas ele é chamado somente de Tiago (Atos 12:17; 15:13; 21:18; Gálatas 2:9,12; Judas 1).
O trecho de Gálatas 1:19, especifica que ele era irmão do Senhor Jesus.
Tiago era judeu, um homem humilde, pois chama a si mesmo de servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo. Seu vocabulário é nitidamente judaico, como Abraão, nosso pai (Tiago 2:21), sinagoga, e não Igreja (Tiago 2:2); Senhor dos Exércitos, tradução do hebraico Sabaoth (Tiago 5:4). Isso sem falar em outros indícios, como os seguintes trechos: Tiago 1:11; 3:12; 4:4,8; 5:3,7. Tiago Reconhecia a Jesus como Senhor, portanto, como o Messias esperado pelos judeus. A semelhança entre a epístola e a mensagem de Tiago, em Atos 15:13 ao 21, serve de forte argumento em favor da autoria de Tiago.
Há outros pontos de semelhança entre Atos 15:23 ao 30 e Tiago, e entre Atos 15:17 e Tiago 2:7. Tiago busca suas ilustrações no Antigo Testamento, em personagens como Abraão, Isaque, Raabe, Jó e Elias. Ele alude sempre à lei, não distinguindo entre a lei de Moisés e a lei de Cristo, mas apenas esta como graduação daquela, pelo que a chama de lei da liberdade (Tiago 1:25; 2:12).
A ordem de purificar as mãos e limpar o coração (Tiago 4:8), tem um tom decisivamente veterotestamentário. Veterotestamentário significa relativo ao Velho Testamento. É uma palavra constituída por vetero- (do latim vetus, vetĕris, velho) e pelo adjectivo/adjetivo testamentário, relativo a testamento.
Tiago converteu-se mediante uma aparição especial do Cristo ressurreto a ele, segundo lemos em 1 Coríntios 15:7. Quando Paulo, em cerca de 40 depois de Cristo, visitou Jerusalém, esteve com Tiago, irmão do Senhor (Gálatas 1:19). Então Tiago já ocupava lugar de proeminência na Igreja de Jerusalém. Atos 12:17 e 21.18, são trechos que mostram Tiago como dirigente dessa comunidade. Atos 15.6,13 distingue-o dos apóstolos e novamente o coloca à testa da Igreja.
Tiago figura como uma das colunas da Igreja em Jerusalém, juntamente com os apóstolos Pedro e João (Gálatas 2:12). Talvez Tiago, irmão do Senhor, tenha tomado o lugar de Tiago, irmão de João, que fora executado pelo tirano Herodes (Atos 12:17). O fato de Jesus ressurreto lhe ter aparecido em visão, mostra que Tiago se tornou então um apóstolo, o que também sucedeu a Paulo, que escreveu: Não sou apóstolo? não vi a Jesus, nosso Senhor? (1 Coríntios 9:1). Paulo reconheceu o apostolado de Tiago, ao dizer: E não vi outro dos apóstolos, senão a Tiago, irmão do Senhor (Gálatas 1:19).
Alguns têm dito que Tiago se tornou líder dos judaizantes, crentes judeus heréticos que tanto trabalho deram a Paulo e à Igreja primitiva. Não cremos nisso. E ainda que Tiago tenha simpatizado com eles em algum tempo, nunca chegou às conclusões extremadas a que eles chegaram. Em Gálatas 2:12, lemos sobre alguns da parte de Tiago. Isso não significa seguidores de Tiago, mas somente que esses tais chegaram da Igreja em Jerusalém, da qual Tiago era o líder principal.
A última menção a Tiago em Atos encontra-se em 21:18, assim que Paulo chegou em Jerusalém, onde, poucos dias depois, seria preso. Tiago e os líderes da Igreja, pois, ouviram o relatório de Paulo quanto à sua atuação entre os gentios. A suposta contenda entre Paulo e Tiago é fruto da desinformação de alguns estudiosos. No século XVI, Lutero, em seu conflito com a Igreja Católica Romana, imaginou que Tiago pregava a salvação pelas obras, o que não corresponde aos fatos, pois ele somente ensinava que a salvação pela fé leva às obras produzidas pela fé, e por isso denominou essa carta de epístola de palha.
Esse suposto choque entre Tiago e Paulo precisa ser desmascarado como um lamentável equívoco de interpretação por parte de alguns estudiosos. A maior prova de que eles não ocupavam campos opostos é a posição sólida de todos os apóstolos, incluindo Tiago, em defesa da liberdade cristã contra o palpite dos judaizantes, que queriam atrelar a salvação dos cristãos aos ritos do judaísmo (Atos 15:1 ao 29).
Romanos 4 conflita com Tiago 2? De modo nenhum! Paulo vai da causa para o efeito, e Tiago vai do efeito para a causa. Mas ambos chegam à mesma conclusão. Para Paulo, a fé produz obras; para Tiago, as obras provam a fé. Praticamos boas obras não para sermos salvos, mas porque somos salvos. Eusébio cita o testemunho de Hegesipo, um historiador eclesiástico do século II depois de Cristo, que afirmava que Tiago vivia como nazireu perpétuo, em orações constantes, no templo de Jerusalém. Ele era muito estimulado pelo povo judeu, que o alcunhara de o Justo. A história secular também conta que Tiago foi martirizado no ano 62 depois de Cristo, em um motim de judeus, por meio de uma forte pancada.
Agora vamos continuar falando do Azeite: Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor: E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados (Tiago 5:14,15).
Devemos observar que o contexto desse versículo nos traz um ensino sobre o poder e a importância da oração. A unção foi um detalhe colocado no assunto do texto. Tanto é que há os dizeres: A oração da fé salvará o doente. Ou seja, o resultado virá da oração e não, da unção.
Porém a dúvida persiste. Seria essa unção a aplicação de um medicamento da época (que era usado para uma infinidade de problemas de saúde) no doente ou seria um ritual que simbolizaria a ação do Espírito Santo? Através desse ensinamento, iremos aprender e não teremos mais nem uma duvida: Está doente algum de vós? Chame os anciãos da igreja, e estes orem sobre ele, ungido-o com óleo em nome do Senhor (Tiago 5:14)
Porque manda chamar os anciãos da igreja e não os médicos?
Através de estudos detalhados descobriremos que unção bíblica é essa, e para quem serve. Então porque a Bíblia menciona os anciãos da igreja, e não os médicos, já que se está falando de doente no meio de vos? Só observando todas as evidências, estudando profundamente para descobrir o que vai acontecer: E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados (Tiago 5:15)
Notem que tipo de doente é esse que está sendo tratado neste versículo: A oração da fé salvará o doente e os pedados ser-lhe-ão perdoados! Veja que está enfermidade é uma doença causada pelo pecado, pois ao prestarmos bem atenção no versículo, perceberemos que se o doente mencionado tiver cometido pecados, estes serão perdoados. Portanto foi um tipo de enfermidade causada pelo pecado, e descubra que tipo de doença é essa - Vejamos
E Jesus, tendo ouvido isto, disse-lhes: Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento (Marcos 2:17).
As doenças físicas de um ser humano, podem ser curados por medicamentos, por tratamentos medicamentosos. Para provar isso na Bíblia: Não bebas mais água só, mas usa de um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas frequentes enfermidades (1 Timóteo 5:23). Timóteo é um ministro de Cristo, que auxiliava o apostolo Paulo na administração da Igreja. Podemos observar claramente que Timóteo tinha frequentes enfermidades, ou seja, tinha uma doença crônica no estomago, e será que o Apostolo Paulo ficou dizendo: Seja curado pelo santo Óleo, pelo Óleo ungido direto de Israel?
A Bíblia mostra que o apostolo Paulo colocou o Óleo ungido na barriga de Timóteo? Pelo contrário, ele não fez nada disso, o apóstolo Paulo prescreveu um tratamento especialmente com o propósito de melhorar a condição física de Timóteo, melhorar a condição clínica na qual Timóteo se encontrava, com a indicação de não beber somente água pura, mas sim adicionar um pouco de vinho no intuito de aliviar o problema no estômago de Timóteo. Esse exemplo prova de que quando um problema é físico, uma doença, uma enfermidade física, há necessidade de tratamento físico também.
Entretanto, aquilo que o apostolo Tiago menciona em sua epístola, é uma doença espiritual causada pelo pecado. E por isso o conselho foi de chamar os anciãos da Igreja e ungir com Azeite. E será que esse Azeite é literal? Que óleo e esse então? Ora, quanto ao que está enfermo na fé, recebei-o, não em contendas sobre dúvidas (Romanos 14:1). E se a pessoa que está doente na fé for cabeça dura, o que o ancião da Igreja deve fazer? Este testemunho é verdadeiro. Portanto, repreende-os severamente, para que sejam sãos na fé (Tito 1:13).
A unção que a pessoa doente vai receber dos anciãos da Igreja, é o ensinamento para que seja curado daquela enfermidade espiritual em consequência do pecado. Em Tito está bem claro que esses indivíduos não estão sãos na fé, pois a palavra sãos significa saudáveis, ou seja, o individuo doente na fé precisa ser repreendido severamente para que se torne saudável na fé. E foi isso que o apóstolo Tiago mencionou quando disse em sua epístola, em ungir o enfermo espiritual com Azeite.
Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis: A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos (Tiago 5:14 ao 16).
Notem que após a unção com Azeite, o individuo doente se levantaria e se tivesse pecado, eles seriam perdoados. O que significa esse levantar, o erguido pelo Senhor? Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai. Mas estará firme, porque poderoso é Deus para o firmar (Romanos 14:4).
Portanto, podemos ver que o significado de erguer-se neste versículo é, ergue a pessoa espiritualmente. Pois na trajetória de um cristão, eventualmente ele tem tropeços, ele cai porque fica doente espiritualmente, e consequentemente ele precisa do processo explicado pelo Apóstolo Tiago, na qual é chamado os anciãos da Igreja para ungir o doente com Azeite, e desta forma, o doente será restabelecido espiritualmente na fé.
Isso é extremamente importante, pois quem vai erguer o doente é o Senhor e não o homem. O Deus todo poderoso através do Espírito Santo, é quem vai levantar o individuo que caiu na fé lamentavelmente! Não devemos esquecer que Tiago escreve para os judeus que estavam espalhados entre as nações: Tiago, servo de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos que andam dispersas, saúde (Tiago 1:1).
O azeite ta citado em Tiago, era porque a unção era da cultura Judaica. Entendam que Tiago falou para os Judeus que acreditavam e tinham banalizado a unção. Jesus não ungiu ninguém com azeite; Jesus chamou doze apóstolos mais não ungiu nem um deles com azeite. Jesus curou cego e não usou azeite, em Tiago 5:14 ao 17, não ta mandando nós, a Igreja ungir com azeite. Não podemos confundir recomendação com ordenança.
Se interpretarmos essa unção como uso medicinal do óleo, não há a mínima necessidade do seu uso atualmente, pois estamos na Dispensação da Graça, a medicina evoluiu muito, a ponto de existirem medicamentos eficazes para boa parte das doenças; se interpretarmos como uma forma de simbolismo do derramamento do Espírito Santo sobre a pessoa desprezará O Espírito Santo, porque Ele já foi derramado em nós e não precisamos de Óleo ou Azeite.
Temos que ter temor, conhecimento e prudência para não praticarmos isso, pois uma pessoa pode pedir a unção com óleo porque ficou assistindo alguns programas de TV e viu em alguns lugares essas praticas errôneas, que anunciam um anti-Evangelho. Para esses, o óleo é uma substância mágica, cheia de poderes, que pode mudar a vida da pessoa que for ungida. Assim, o indivíduo desinformado que assiste pode cair nesse paganismo, e desejar para si esse tipo de praticas errôneo e perder a consciência e a fé na Palavra e no poder do Espírito Santo.
Quando olhamos para o Evangelho, observamos que essa questão de unção com óleo não tem nenhum poder de salvação, portanto, não será esse tipo de discordância teológica (quanto à possibilidade ou não de utilizar esse tipo de procedimento na atualidade) que determinará a salvação ou condenação de alguém. O que temos são conhecimentos Bíblicos que nos mostram que isso não é necessário. Portanto, busque servir a Deus com sinceridade, buscando sempre seguir o Evangelho puro e simples. Jamais acredite que uma substância ou um objeto possa ter algum poder. Não troque o poder da Palavra e do Espírito Santo por um frasco de óleo oferecido por um líder religioso.
Também ungirás Arão e seus filhos e os consagrarás para que me oficiem como sacerdotes (Êxodo 30:30).
Vemos também que no Antigo Testamento, como já foi dito, se ungiam objetos que teriam um uso sagrado. Era uma espécie de unção especial com um óleo especial que só era usado para esse fim: E tomarás o óleo da unção, e ungirás o tabernáculo e tudo o que nele está, e o consagrarás com todos os seus pertences; e será santo (Êxodo 40:9).
Algumas Igrejas ainda mantém o costume de ungir pessoas e objetos, porém, creio que, após Jesus, a unção que devemos buscar é aquela que Deus nos dá através do seu Espírito. Os símbolos rituais não são mais necessários, pois Cristo é a unção única e definitiva: Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecei nele, como também ela vos ensinou (1 João 2:27).
Mas vocês receberam o Espírito Santo, que vive em vocês, dentro dos seus corações, a fim de que não precisem de ninguém para ensinar-lhes o que é direito. Porque Ele lhes ensina todas as coisas, e Ele é a Verdade, e não um mentiroso; portanto, tal como Ele disse, vocês devem viver em Cristo, e nunca afastar-se dele (1 João 2:27 – Tradução, Bíblia Viva).
Algumas unções citadas na modernidade que, segundo alguns dizem, são manifestações do Espírito de Deus, tais como, unção do riso, do leão, da casa própria, de Abraão, do cair no Espírito, etc., são estranhas ao que a Bíblia chama de unção. São manifestações carnais e sem embasamento Bíblico.
Conclusão.
Para finalizar, deixaremos aqui o exemplo máximo de unção, Jesus: Jesus é chamado de Cristo no Novo Testamento. A palavra Cristo é um título e significa ungido na língua grega. Ele é chamado também de Messias, que é uma palavra hebraica que significa ungido. Ser ungido hoje em dia, é estar com a vida consagrada a Jesus Cristo. Não há a necessidade de azeite ou óleos especias, mas da fé e da obediência. E mais, todos têm a oportunidade de receber a unção de Deus em suas vidas, através de Jesus Cristo.
Os rituais do Antigo Testamento não se fazem mais necessários, pois todos somos chamados à consagração especial ao serviço de Deus em Jesus Cristo: Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (1 Pedro 2:9).
E as Escrituras dizem também: Ele é a Pedra sobre a qual alguns tropeçarão, e a Rocha que os fará cair. Eles tropeçarão porque não atenderão à Palavra de Deus, nem a obedecerão, e portanto este castigo deverá vir como conseqüência: eles cairão. Mas vocês não são assim, pois foram escolhidos pelo próprio Deus - vocês são, sacerdotes do Rei, são santos e puros, pertencem ao próprio Deus - tudo isto para que vocês possam mostrar aos outros como Deus os chamou da escuridão para a sua maravilhosa luz. Antes vocês eram menos do que nada; agora pertencem ao próprio Deus. Antes vocês sabiam muito pouco da bondade de Deus; agora a própria vida de vocês foi mudada por ela (1 Pedro 2:8 ao 10 – Tradução, Bíblia Viva).
OBS: Não repassem sem antes eu autorizar. Grato!
E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós. Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade (1 Coríntios 11:19; 2 Coríntios 13:8).
COMPROMISSO COM A VERDADE